Mauro Cid tem prisão decretada e revogada pelo STF e será ouvido pela PF
Cid é ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL) e peça fundamental em ação que tramita no STF envolvendo uma trama golpista após as eleições de 2022
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve a prisão decretada nesta sexta-feira, 13, mas o ato foi revogado logo em seguida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o militar deve ser ouvido pela Polícia Federal (PF) ainda nesta manhã. Ele é alvo de mandatos da Polícia Federal.
O caso envolve investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre suspeita de tentativa de Mauro Cid obter cidadania portuguesa e, em seguida, fugir para Portugal. O ex-ministro do Turismo no governo Bolsonaro, Gilson Machado, foi preso em Pernambuco, suspeito de auxiliar numa eventual fuga de Cid ao tentar obter um aporte português para o militar.
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Investigação aponta para indícios de que Machado teria tentado emitir o documento para o colega. A ação teria o intuito de atrapalhar o inquérito da trama golpista, do qual Cid é peça fundamental.
A PF cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de Mauro Cid, em Brasília, quando celulares teriam sido apreendidos. A prisão do militar, segundo a defesa, foi revogada e o depoimento deve ocorrer às 11 horas.
Mauro Cid foi interrogado nesta semana
Nesta semana, Mauro Cid foi o primeiro de oito réus interrogadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em ação sobre trama golpista que visava invalidar o resultado eleitoral de 2022, quando Bolsonaro foi derrotado nas urnas pelo então candidato Lula (PT). Bolsonaro esteve entre os interrogados pelo STF e pelo ministro relator, Alexandre de Moraes, nesta semana.
De acordo com a Polícia Federal, informa a TV Globo, Gilson Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife (PE), em maio de 2025, a fim de obter a emissão de um aporte português para Cid, o que teria a finalidade de viabilizar a saída dele do território nacional.
Procurada, a defesa De Mauro Cid nega que o tenente-coronel tenha pedido aporte português ou tenha tentado deixar o País. Os advogados afirmam que ele tem cidadania portuguesa e a carteira de identidade de Portugal — e que isso foi informado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Com Agência Estado